Final do Catarinense 2009: Torcida avaiana se reúne em Floripa
Adorei a Katia ter falado do blog Elite Azul e Branca (http://avai-eliteazulebranca.blogspot.com/), eu amo esse blog. E é muito bom saber que através do contato de avaianos pela internet, através dos blogs, eles conseguiram fazer algo tão legal quanto reunir os torcedores. E nós não juntamos 1.000, mas 3.000 torcedores, o ideal, como ela mesmo disse. Mostramos aos jogadores que a torcida está do lado deles. Nós não apoiamos aquela meia dúzia que protagonizou aquele episódio lamentável há algumas semanas atrás. De arrepiar as imagens da torcida no treino. E eu também canto: Sou avaiana até morrer.
Nasci em 1923, pareço ser velho, mas sou filho caçula. Tenho um irmão um pouquinho mais velho, mas sempre sentiu ciúmes porque o mais novo sempre teve mais atenção. Um ano depois de meu nascimento, já diziam que eu era prodígio, ganhei meu primeiro título estadual.
Os anos foram passando, e fui tomando conta de meu território, de meus arredores. Minha antiga casa foi palco dos maiores espetáculos do futebol estadual, casa folclórica, épica.
Meu querido irmão sempre se contentou em viver à minha sombra, sempre foi um bom garoto. Assistiu de camarote ao caçula da família se consagrar como Campeão do Século, viu o trem pagador da década de 90, viu seu irmão mais novo ser o primeiro clube da cidade a conquistar um título de âmbito nacional.
Eu te consolei, caríssimo irmão. Eu te consolei quando a falência bateu em sua porta, onde os bingos no estádio ajudaram a arrecadar fundos. Eu te consolei quando não conseguistes passar pelo São Raimundo, e se juntar a mim na Série B do campeonato Brasileiro.
Eis que o mundo dá voltas... Adoeci, entrei em coma, e você tentou assumir os negócios da família. Bastante desengonçado, até que levou jeito, mas nunca se comparou ao maninho aqui. Mesmo em coma, a torcida pela minha recuperação era grande, até desacordado eu ouvia os gritos de uma nação clamando pelo meu retorno.
Agora, 10 anos depois, eu acordei. Estou de volta, e é pra valer. Agradeço por ter assumido meus negócios por todo este tempo, mas você sabe que era o MEU negócio. Pois o seu sempre foi permanecer em minhas sombras. E é isto que já começou a acontecer novamente. Voltei ao meu território, aos meus arredores... Agora as coisas podem voltar ao normal.
Grande abraço do irmão caçula, que mesmo mais novo, sempre foi o maior.
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